segunda-feira, agosto 29, 2005

Tour du Mont Blanc - Epílogo

Dia 26 (24,4km ; 6 horas a andar ; 2 horas de paragens)

a roncaria da noite leva a um despertar vespertino seguido de uma subida forte que digere o pequeno almoço até à fronteira onde chegamos às 9 h! Na descida italiana que se segue passamos por um refugio em contrução onde um helicopetro faz piscinas de um lado para o outro para subir cimento e outro materiais. a paragem tipica das 10-10.30 faz-se junto ao refugio elisabetta e continuamos a descer num vale mais despovoado, inospito e a lembrar himalaias. um estradao frequentado por ciclistas de montanha confirma que o sentido para o TMB em BTT é mesmo o contrario ao que fazemos. junto a uma pequena barragem, seguimos as marcas fluorescentes do Ultra-trail do TMB, corrida louca non-stop que começaria nesse final de tarde (19h) e terminaria no mesmo local, 155 Km depois, no dia 27 a meio da tarde para os primeiros e passado um dia para os ultimos. o conceito é simples fazer no minimo tempo possivel e no maximo em 45 horas! Mas voltemos ao TMB normal, subimos então
forte para se seguir mais um belissimo troço em balcão desta vez do lado italiano,
isto é no vale ferret, com vista directa para o cume do monte branco, dedo do gigante, e agulhas diversas, lindas num dia de sol. aí anda-se de btt por um single track delicioso. vai-se descendo gradualmente ate a um complexo de pista de ski e finalmente desce-se para o vale de aosta onde terminamos em Courmayeur de onde havíamos saído 8 dias antes. Hecho !!

Dia 25 (saída às 8h20 - chegada às 15h)

Muita subidinha no dia em que fazemos a curva para Italia. Passes de altitudes e marmotas selvagens que requerem andar em bicos dos pés para aquela foto. fazemos o col de bonhomme e da cruz de bonhomme, onde existe um refugio. em vez de irmos mesmo ate ele (fica um pouco abaixo), atalhamos subindo ao col de fours e fazendo uma variante mais bonita, inospita, dura e curta do TMB. O tempo aguenta-se sem chuva e nós aguentamo-nos sem comer até começar a descer já com vistas para o glaciar dos glaciares na encosta fronteiriça entre frança e italia. mas essa fica para o outro dia, que hoje temos que chegar ate les mottets, refugio no vale onde para chegar ainda temos que fazer uma subidita de 20 minutos (e nao 15 como diz no guia frances). O refugio é castiço com uma vacaria transformada em dormitorio onde dormem mais de 100 pessoas em duas filas de dormitorio continuo. noutro edificio os comes com direito a acordeão tocado pela cozinheira no final.

Dia 24 (saida 8h30 ; chegada 17h30 ; com paragem longa a meio do dia)


Depois do desesperante final de descida do dia anterior (de tao longa que era) e de ressaca (economica...) de um jantar com cada cerveja a 3,7 euros (record!), acordamos lentamente. tao lentamente que so começamos a andar depois de ganhar 900 metros de altitude no teleferico (9,5 euros). la em cima um mountain bike park, com percurso de obstaculos com 4 niveis de dificuldades com cores de modo a cada testar, treinar e evoluir nas suas "skills". Logo ali, apos passada a linha do comboio de cremalheira que sobre alpinistas do monte branco para o ninho de aguia (2300 mts), apanhamos a GR5 coincidente nos proximos quilometros com a variante do TMB que queremos fazer. mais alguns americanos e casais gereatricos depois e estamos na dianteira, em mais uma stickada para chegar à tao famigerada ponte de himalaia sobre a ribeira do proximo glaciar. bonita mas no himilaia nao sao bem assim...sao mais podres. subida e descida ingreme e estamos em Miage, onde um bonito refugio nos recebe para mais uma cerveja e uma saladinha da casa a 12 euros complementada pelo resto da omelete que o avo do Samuel nos ofereceu, talvez por ver 5 tugas e 3 garfos de volta de uma saladita. o Avo consegueu perceber que eramos portugueses pois tinha trabalhado com a universidade de aveiro. mais uma subidita e descida por um caminho onde um bando de Yetis (sim iguais à do Miguel Tolda) conduzidas por americanos subia e patinava encosta acima. chegamos a Les contamines desencontrados com o Luis que, após paragem para deixar sair uns coelhinhos da sua toca instestinal, escolheu caminho diferente até ao vale. Uma recente enchurrada interrompeu aqui o TMB e obrigou a evacuar 4 caminheiros, e nos seguimos pela estrada. o vale, ate à igreja de supreende-nos com inumeros locais para actividades de ar livre desde burros, escalada, tiro com arco, golf, a que nem falta o laguinho com barcos a pedal. mas acima de tudo com muita gente a mexer-se. e nós mexemo-nos por uma antiga via romana em pedra, tipo parede, ate ao refugio Nan Borrant a meio da encosta, encurtando a etapa prevista para o dia seguinte. O local é considerado por alguns de nos o nº1 do TMB, onde nao falta uma mesa de ping pong exterior com vista para o galciar. jola a 2,4.

Dia 23 (das 8h30 às 17h a andar)


O dia acorda glorioso, sol radiante, aqui e ali encoberto por nuvens que parecem provir de um locomitiva gigante a vapor no vale de chamonix, tal a sua volatilidade. o extase obriga a sair à rua, tirar fotografia e ter um pequeno almoço com uma vista memoravel. todos se apressam para sair para a caminhada. o percurso surpreende-nos a cada curva com vista de balcão para glaciares e picos nevados mesmo ali, do outro lado do vale, parecendo mesmo à distancia de esticar a mão. é um trilho muito pouco ciclavel mas muito agradavel com desniveis comestiveis. passa por alguns terminais de terminais e e pistas de ski onde a fauna de passeio de 1 dia com a meiazinha branca de raquete de tenis aparece. mas vão à montanha! o mais espectacular destes sitios é o cume Brevent a 2.500 metros onde em vez de um marco geodesico ha um bar (fechado, sabe-se la porquê) e esplanada onde almoçamos nós e 123 americanos, japoneses e demais fotografos. Com eles partilhamos comida e o cheiro dos nossos pés arejando como rosas ao vento depois de uma porrada de kms. A descida que se segue, por vezes vertiginosa, leva-nos a Les Houches, bem no vale a 900 mtos de altitude. nao sem antes nos fazer pasmar com aquele que elejo o mais espectacular refugio do tour ( e onde nao dormi :-( ), o refugio de belachat, cuja esplanada em varanda sobre a encosta nos projecta sobre o glaciar dos bossons imponente, esmagador.

DiA 22 (continuação)

Então duvida desfeita e sem alternativa: subimos a pé deste Argentiere ate ao refugio de Lac Blanc. é que mesmo que quisessemos (e até pensámos nisso porque chovia a cantaros) o teleferico que estava assinalado no mapa ja nao existe...
Ainda tentamos a alternativa de ganhar um pouco de altitude apanhando um autocarro para voltar ao acesso pelo trilho original, mas faltava muito tempo para ele passar. e sendo assim, zumba por ali acima. subida respeitavel, sim senhor, de mais de 1000 metros e todinha debaixo de chuva. a reserva de florestal por onde passámos e as vistas para o maciço do monte branco e glaciar mére de glace nem se notaram. Ja desesperados, apesar das cabras selvagens que ainda vimos, la chegamos, tocados a vento, ao refugio do lago branco que é tem mesmo brancas aguas, fruto quiçá do degelo da neve e glaciares. La encontramos as duas irmãs inglesas e a Dorotie, fancesa, com quem ja tinhamos estado na noite anterior. Apos as 17 horas, a electricidade chega ao refugio e com ela a luz e o banho de ficha de tempo limitado. O jantar junta-nos na mesa às nossas recentes amigas e a conversa discorre por destinos em todo o mundo. aventuras passadas e futuras...

0 Comments:

Enviar um comentário