segunda-feira, agosto 29, 2005

Gran Paradiso

Dia 28





Levantamo-nos às 4h da manha, tomamos o pequeno almoço e enchemos os cantis de cha quente. zero graus a 3200 metros. Cume a 4069 mts. umas 30 pessoas so do nosso refugio preparam-se para o ataque. somos o terceiro grupo a sair. vou eu, Tiago, Fred e Pascal. Polainas, crampons, piolet, baton, forro polar, casaco, gorro, luvas, tica led, oculos, barras, energia, liquidos. ao amanhacer erramos o caminho de cairns (pedras empilhadas) e quando voltamos ao caminho certo percebemos que somos os primeiros e passamos os outros grupos. vao aparecer mais em cima fora de rota e quando nos vêm corrigem passando perigosamente entre crevasses (fendas no glaciar). o trilho começa a estar pouco visivel e quando paramos para nos encordoar, fazemos cordadas de 2. o fred e a pascal ficam mais para tras a colocar melhor os crampons e sao ultrapassados por um grupo com guia que entretanto se aproxima. eu e o tiago decidimos abrir trilho pela antiga via, usada antes do ultimo nevao. ao ver o gui local a seguir por outro lado penso que pode nao ter sido boa ideia... começamos a pagar caro com a neve a enterrarnos ate ao joelho e a inclinação a subir. fazemos S atras de Z e trocamos entre os dois quem faz o esforço de ir a abrir. a nossa via é mais curta e ganhamos altitude mais depressa. paramos para descansar e vemos a nossa outra cordada bastante longe. esta um ligeiro vento e decidimos avançar. faltam apenas 300 metros de desnivel para o cume. a nossa via junta-se à via normal que vem do refugio emauelle 2 e o trilho fica mais movimentado. é ja tarde quando chegamos aos 4 metros finais que sao de escalada mista de rocha e gelo. embora facil, com gente a descer e a subir e um passe final com 3 pontos seguros, nao me sinto nada à vontade. afinal dependo que ningem à minha volta faça asneira para não escorregar por um encosta gelada de varias centenas de metros. eu e o meu companheiro. para chegar o beijo da santinha todos parecem loucos e ate rappel ha quem faça para sair de la. so quero fotografar e pirar-me dali. mais abaixo, ja com calma comemos qq coisa. a altitude nao nos pregou nenhuma partida. a segunda cordada nao aparece e ficamos preocupados. começamos a descer e a neve começa a ficar papa. descemos agora parao outro refugio que fica mais perto do vale. os outros 3 que ficaram a dormir no
refugio fariam um trekking em cota tb ate este refugio e desceriam para nos esperar com o carro. ao chegarmos ao tal refugio emanuel (horrivel, parecer um hangar no meio da montanha), encontramos a Pascal e o Fred descansadamente a almoçar à beira da barragem. tinham abortado a subida por frio e atraso e descido para nos esperar ali. Descemos um caminho interminavel e apos perder 2000 metros de altitude chegamos às 14 horas ao carro. zarpamos para milao onde vamos apanhar o avião. ainda paramos no lago magiori e em angera para o Gelatti.


Sentado no avião, antes de rocanr que nem um porco, e depois de ter metido as minhas botas malcheirosas no compartimento da mala da hospedeira jeitosa, lembro-me das palavras do Tó dizendo que a altitude é mesmo um vicio, uma droga, com a vantagem de amanha a corridinha me ir saber muito bem na praia da caparica, com mais globulos vermelhos no sangue... e aqui voltarei algum dia para fazer o TMB em BTT...em 4 dias.

Dia 27

Loucos ou talvez não levantamo-nos às 3h30 da manha para ir apoiar os primeiros concorrentes a passar em Courmayeur. qual não é o nosso espanto quando ja só apanhamos o segundo abraço a correr com a namorada que lhe dá apoio pelas ruas desertas da vila. o primeiro tinha passado às 3h.15 com 25 minutos de avanço da hora prevista. quando chegamos ao centro desportivo onde estão montada as assistencias para as 2000 pessoas que se insceveram e que vêm por aí, vamos vendo mais concorrentes. o passo é obviamente lento mas de corrida, ainda, após 70 km e mais de 7 horas. voltamos para a cama e quando acordamos às 9 horas continuam a passar concorrentes agora já só a andar...

Ja no yaris do Tiago que veio ter conosco de vespera (com a Patricia) seguimos para o vale Gran Paradiso nos alpes italianos. a ideia é conhecer mais uma zona dos alpes e um refugio (chabod) conhecido por ter bastante fauna (animal) à volta. e se o tempo ajudar, atacar um pico de 4000 metros e terminar em beleza. Marcha para cima e... jola, pois claro. O Frederick e a Pascal, companheiros de aventuras italianas do Tiago, juntam-se a nós. Chove. Mas as previsões para a noite e manhã são boas.

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